Santos=Dumont
Santos=Dumont, que assinava desta maneira para mostrar sua origem lusitana, possuía um aeromodelo que media 11.20m de envergadura, 9.68m de comprimento, 3.40 de altura que denominou 14 Bis.
“SANTOS” BRASILEIRO FAZ MILAGRE Santos=Dumont nasceu aos 20 de julho de 1873 em Cabango – MG e estava na França a 23 de outubro de 1906, mais precisamente no campo Bagatelle, com um belo público que comparecia para assistir, pela primeira vez, uma máquina mais pesada que o ar ganhar os céus num vôo que daria ao piloto inventor a importância de 3.000 francos que era o prêmio Archdeacon. Santos=Dumont que assinava desta maneira para mostrar sua origem lusitana possuía um aeromodelo que media 11.20m de envergadura, 9.68m de comprimento, 3.40 de altura que denominou 14 Bis. Ele já havia voado com este avião numa outra tentativa, a 21 de agosto do mesmo ano, um percurso de 40m, na oportunidade o pouso foi forçado. O 14 Bis pesava, tripulado, 290kg e a velocidade para a decolagem foi de 40km/h. Numa segunda tentativa o motor de 24H.P. Construído por Leon Lavavasseur foi substituído por um de 50H.P. e o pouso foi mais confortável. Agora, já em outubro precisava de uma marca melhor para entrar para a história com o seu 14 Bis. Correu com a máquina uma distância de 60m e ganhou os céus num vôo alucinante a 2m ou 3m de altura durante 7 segundos para o delírio dos franceses que apelidaram o 14 Bis de “oiseu de proie” que quer dizer ave de rapina ou de “canard” pela semelhança com um pato. Nosso brasileiro cientista saiu do campo Bagatelle com os 3.000 francos no bolso entrando para a história da aviação mundial. Em 1918 Santos=Dumont escreveu: “não mantive mais tempo no ar, não por culpa da máquina, mas exclusivamente minha, que perdi a direção”. Aos 23 de julho de 1932 pela manhã em Guarujá – RJ, Santos=Dumont passeando pela praia vê um garoto que não consegue fazer a sua pipa voar, Ele arruma a cauda da pipa e ela sobe para o delírio do menino. Santos=Dumont sorri olhando a pipa e ao fundo percebe aviões do exército sobrevoando a praia não admitindo que uma máquina tão bela estava sendo usada para matar os seus semelhantes. O pai da aviação desolado vai para casa e comete suicídio aos 59 anos totalmente frustrado com a raça humana. Hoje, anos depois daquele vôo no campo de Bagatelle, os aviões estão cada vez mais sofisticados no transporte de passageiros ou no transporte de cargas, assim como na tecnologia bélica para a frustração ainda maior do nosso mineiro voador.
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