Jovens talentos do vôlei

Desde o dia 28 de fevereiro deste ano, que os salvadorenses Iurgen Hummes Specht e Cleiton Paulo Gerlach, ambos com 17 anos, integram o time infanto-juvenil Ibirapuera Voleibol, patrocinado pelo Governo Estadual de São Paulo. Iurgen, que atua como ponteiro, tem 2 metros de altura e já integrou o time de vôlei de Bento Gonçalves, o Bento Vôlei, por dois anos. “Sempre gostei de jogar vôlei de areia. Fazia dupla com o Eduardo Fochesatto, que resolveu atuar profissionalmente no vôlei de praia. E então pensei que também poderia investir”, conta Iurgen sobre a decisão de jogar profissionalmente. E deu certo. Quando jogava no Bento Vôlei, surgiu então uma oportunidade de um teste para o Esporte Clube dos Pinheiros, também de São Paulo. Mesmo com a não aprovação para o Clube dos Pinheiros, o treinador do time de Bento Gonçalves, Marcos Reni Machado, ofereceu a chance de jogar no Ibirapuera.

Cleiton, 1,96 metros de altura, também jogou no Bento Vôlei, por cerca de um ano e meio. Através do amigo Iurgen, que o indicou para jogar em Bento Gonçalves, também foi escolhido na peneira para jogar em São Paulo, no Ibirapuera, na posição de meio de rede. “Sempre gostei do esporte, mas os treinos são bem puxados”, avalia Cleiton.

A rotina dos jovens começa às 7 horas da manhã, quando levantam para tomar café. A alimentação é toda recomendada por uma nutricionista, já que Iurgen e Cleiton moram num alojamento onde ficam também atletas de judô, atletismo, entre outros. Após, os atletas são liberados para frequentarem a escola, para aqueles que ainda cursam o 2º grau, e a faculdade, como é o caso do Iurgen, que já vai para o 2º semestre de Educação Física da UniSant´anna. “Ganhei uma bolsa integral e a partir desse próximo semestre vou começar a jogar também no time da universidade”, lembra Iurgen.

À tarde o tempo é reservado para a academia e demais atividades físicas. Só às 16 horas que começa o treino, que vai até às 19 horas. “O nível dos treinos, do time, treinadores, dos atletas é bem maior em São Paulo do que quando jogávamos aqui”, avaliam os jovens. No Ibirapuera tem jovens de todo o país, então se explica o nível do time. “Todos são muito bacanas e nos sentimos muito bem lá”, diz Cleiton.

A saudade dos familiares e amigos existe, mas também existe a falta da vida do interior. “Aqui a vida é bem mais tranquila. Lá vamos dormir com barulho e acordamos com barulho”, explica Iurgen. De férias em Salvador do Sul durante vinte dias, os dois aproveitam para matar as saudades.

No final do ano, Iurgen e Cleiton irão passar por mais uma peneira quando terão que deixar o Ibirapuera, que só aceitam atletas até 17 anos. Mais informações sobre o time, e para quem quiser acompanhar a promissora vida profissional dos jovens de Salvador do Sul, confiram o blog www.ibirapueravolei.zip.net.
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