Vivendo e aprendendo
Muitas jovens da região vivem a experiência de ser au pair.
O sonho de muitos jovens de conhecer outros países às vezes pode ser inviável por uma série de questões, como dinheiro por exemplo. Também existem aqueles que gostariam de estudar no exterior, aprender novas línguas na prática, na conversação diária, o que os cursos no país de origem não tem possibilidade de oferecer nas salas de aula. Mas existe uma maneira de juntar estudo, viagem e trabalho, é o Programa Au Pair. O Au Pair é um programa de trabalho no exterior que tem requisitos determinados por cada país. Alguns requisitos como ter entre 18 e 26 anos, ter experiência de trabalho com crianças, ter um nível intermediário da língua, ter o ensino médio concluído, ser solteira e sem filhos são alguns dos prérequisitos. Além disso, será necessário encontrar uma família, em que você fixará moradia, e cuidará dos filhos. Os programas de intercâmbio cultural são responsáveis pela procura das famílias, e então encontrar aquela que mais se encaixa no perfil da jovem que deseja trabalhar como au pair.
Recentemente, em Salvador do Sul e região, muitas jovens têm escolhido viver essa experiência. E o destino preferido tem sido a Alemanha, devido a influência evidente da cultura germânica na região. Daiane Angélica Muxfeldt, de 23 anos, está a 10 meses em Munique, na Alemanha. Ela vive com o casal Ana Rosa e Mimo e cuida do filho Manuel. Segundo Daiane, ela ficou sabendo do programa de au pair através de gurias que já tinham participado. Ela garante que o cotidiano é corrido, mas vale à pena. “Viemos pra cá com o propósito de aprender a língua e ajudar a cuidar das crianças, então no meu caso, de manhã levo o Manuel na creche e vou pra a escola às 16 horas. Após, pego a criança na creche e fico com ela até as 20 horas. Ajudar nas tarefas de casa também é trabalho de uma au pair”, explica Daiane. Os finais de semana são livres, e as jovens tem a chance de conhecer a europa devido a facilidade de locomoção.
Com essa oportunidade, as jovens tem a chance de conhecer novas culturas, e perceber as diferenças. “Existem várias diferenças culturais entre alemães e brasileiros, mas o que logo me chamou a atenção foi o contato físico. Beijos e abraços não são distribuídos como no Brasil”, ressalta Daiane. São essas diferenças que fazem com que às vezes ocorram alguns furos, mas existem outras dificuldades iniciais como não entender os rótulos nos supermercados, ou quando viajam para países como a França, e na hora de pedir comida a única língua compreensível são os gestos. Mas a vivência diária torna a experiência inesquecível. “Para mim um dos momentos inesquecíveis foi quando andei pela primeira vez com minha família pelas ruas de Munique, foi uma sensação maravilhosa. A oportunidade de conhecer outros países, como Paris, foi algo inacreditável”, lembra Daiane.
Outra jovem que saiu de Salvador do Sul em direção à Alemanha foi Gabriela dos Santos Molinari, também de 23 anos. Ela está na família de Juri Gewitsch, Regina Gewistch, Andre dos Santos, Noam Gewitsch e Lion Gewitch. Gabriela partiu de Porto Alegre no dia 28 de junho, numa viagem de onze horas até o destino final, Munique. Gabriela decidiu viver essa experiência pois era um sonho de infância, e está muito feliz. “Munique é linda demais, estou encantada com isso tudo! A cidade é muito limpa, muito organizada em todos os setores”, salienta Gabriela. Ela também garante que está aberta para conhecer tudo o que estiver a seu alcance. “Minha cabeça e o meu mundinho estão abertos para todas as descobertas possíveis”, revela.
Se você ficou animado e pensa em viver essa experiência, as au pairs Daiane e Gabriela dão o seu aviso. “É muito importante estar consciente que além de muitas aventuras isso e algo muito sério, exige muita responsabilidade e principalmente flexibilidade, pois você está indo para um país diferente e tem que se adaptar a outra cultura e viver como eles vivem”, alerta Daiane. “Estou entrando de corpo inteiro neste mundo novo, com medo em algumas coisas sim, mas a vontade é muito maior do que qualquer medo”, comenta Gabriela. O que vale nessa possibilidade é poder encarar um mundo totalmente novo, tirar dela as melhores experiências, como a chance de integração cultural que será o diferencial na vida de quem aproveita a chance. Tudo com muita dedicação e responsabilidade.
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