Sucesso ou Felicidade?
Editorial.
Você lembra o dia em que deixou de ser criança? Não? Eu também não lembro, até porque essas mudanças não ocorrem do dia para a noite. Embora não seja possível fixar uma data, chega um momento na nossa vida em que deixamos de ter aquele olhar ingênuo sobre tudo que nos cerca e passamos a ver o mundo com outros olhos.
Muitos já devem ter pensado alguma vez: pena que a gente cresce! Dá vontade de ser criança para sempre: acreditar em tudo e em todos, brincar sem parar, rir por qualquer coisa, enfim, não ter todas as responsabilidades que um adulto tem. Como o tempo não para, chega a puberdade, que são as transformações físicas (causadas pela grande produção de hormônios que nos preparam para as mudanças no comportamento.
A adolescência vem logo a seguir e caracteriza-se por mudanças psicológicas. Entre tantas coisas, a adolescência traz consigo a necessidade inconsciente de elegermos pessoas que admiramos para nos servirem de novos modelos de identificação. São aqueles que popularmente chamamos de ídolos.
Os ídolos geralmente são famosos, ricos, bem vestidos, poderosos, bonitos, magros, enfim, eles ditam normas de comportamento para os jovens. Não se pode dizer que sejam influências sempre negativas para a juventude. Alguns deles justamente se destacaram pela capacidade de dedicação e superação de adversidades. Nesse sentido, eles podem ser boas fontes de inspiração para os que os admiram.
O perigo está em deixarmos de procurar dentro de nós o que é mais importante para nossa vida. Se seguirmos apenas critérios fornecidos pelos outros vamos atrás daquilo que chamamos de sucesso. Por exemplo: para a sociedade, de um modo geral, ter sucesso é ser rico. Será, porém, que ter muito dinheiro é realmente necessário para alguém ser feliz? Não haverá outras coisas mais importantes? Será que eu não posso ser feliz sendo um pouco acima do peso ou não usando roupas da moda? Pensemos nisso!
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