Esperança
Coluna Bastidores do Jornal Expressão Regional.
Como podemos ver luz diante do desastre que aconteceu no Haiti. Imaginem-se por um momento naquela situação: sem casa, sem emprego, sem comida, sem água, sem perspectivas, sem informações, sem nada. O que eles tem em mãos: coragem e esperança. Um povo que 48% são de analfabetos, 70% estão desempregados, a expectativa de vida é de 52 anos, em uma população de quase 9 milhões. Com certeza, o Haiti é o país mais pobre das Américas. Para que os haitianos tenham alguma chance, é necessária uma intervenção externa, para que possam investir na reconstrução da nação.
Hoje assisti a população cortando canos para que tivessem água, que sequer era potável. A comida que chega às toneladas no país começou a ser distribuída a poucos dias, mas não suprirá a fome do país. O caos é pior ainda no quesito violência. Saques, trânsito caótico, o país que já era abandonado, está aguardando ajuda, que só pode vir de fora. Somente ajuda internacional pode manter o Haiti de pé.
E no meio de toda essa destruição, de imagens tristes, conseguimos nos emocionar ao ver crianças sendo salvas dos escombros. Depois de uma semana ainda encontram vidas debaixo de toneladas de concreto. A esperança aparece nos olhos de um povo que antes mesmo do terremoto tinha pouca perspectiva. Em qualquer lugar do mundo uma catástrofe dessa não teria a proporção que teve no Haiti. O país é carente de tudo. A missão do Brasil no Haiti existe há cinco anos, e um dos intuitos é a projeção internacional, que gera várias discussões. Mas o que os militares sempre souberam é que não podem errar, ainda mais agora.
O que resta ao Haiti é a esperança da reconstrução, mas sobretudo, que os países deem mais atenção ao Haiti, que sempre foi esquecido.
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