No Rio Grande não há consenso
Editorial.
O povo gaúcho nunca foi de gerar consensos. Somos, certamente, um Estado que diverge, já é tradição. Divergimos entre nós, e perante os demais estados. Somos divididos quanto a modelos de políticas públicas ou governos, e o resultado das eleições nacionais no Rio Grande do Sul é, na maioria dos casos, diferente do brasileiro. Porém, em nada isso nos torna menos democráticos, pelo contrário: a diversidade nos leva à discussão, ao debate. E nisso também somos muito bons.
Nas eleições de 2010, a qualidade dos debates promovidos pela sociedade civil é exemplo para o Brasil. Em cada cidade visitada nessa campanha, os candidatos irão encontrar sindicatos, associações e comitês com pautas específicas, exaustivamente debatidas e relatadas, à espera dos possíveis governantes. São reivindicações com conteúdo tecnicamente fundamentado, que refletem as principais necessidades dos mais variados segmentos da sociedade rio-grandense.
Normalmente, nossos representantes na Câmara dos Deputados, Assembléia Legislativa, Senado da República, desenvolvem papel de destaque. Vejamos o caso do governo Lula. Vários ministros, que ocuparam papel de destaque, são do Rio Grande do Sul. Inclusive, Lula escolheu como a sua ungida, a Ministra Chefe da casa Civil, Dilma Roussef, que realizou sua vida política em solo gaúcho.
O povo gaúcho não gosta de unanimidade. Estamos divididos por gostos e paixões. Enquanto uma metade do Rio Grande do Sul torce pelo inter, a outra metade torce pelo Grêmio. Em outras épocas a divisão se dava entre Maragatos e Ximangos, ou MDB e ARENA. Mesmo andando na contra-mão, como diriam alguns, sempre fomos um Estado progressista e inovador.
Uma boa semana para todos!
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