Combatendo o borrachudo

Carlos Barbosa sediou treinamento para o combate ao borrachudo.

A construção de uma calha Parshall deu a Carlos Barbosa a oportunidade de sediar um treinamento de combate ao Simulídeo, ou , durante três dias. de vigilância de outros municípios da região também participaram do treinamento para usar a calha. O treinamento foi ministrado pelo supervisor do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS), Jorge Sebastião Rodrigues Wilson, e pelo veterinário Eduardo Kieling, da 5ª Coordenadoria Regional de Saúde, responsáveis pelo Programa de Controle do Simulídeo a nível estadual e regional, respectivamente.

A calha Parshall em Carlos Barbosa foi construída no da Primeira Seção de Castro. Esta calha é um dispositivo de medição de vazão na forma de um canal aberto (formato de funil) com dimensões padronizadas. A água é forçada por uma garganta, sendo que o nível nesta calha é o indicativo da vazão a ser medida.

Em torno de 80% dos municípios possuem uma calha de referência, mas nem todas estão em condições de serem utilizadas. Em Carlos Barbosa, o destaque fica para a qualidade. “Esta é uma obra que vai durar no mínimo 20 anos, porque foi muito bem construída”, comenta Wilson.

O treinamento inicial consistiu em uma ção a algumas das microbacias do município para medições. Os arroios devem ser medidos em sua largura, profundidade e velocidade do , através do método flutuador, ensinado pelos técnicos. Na sequência foram feitos cálculos da porcentagem que cada arroio representa da calha.

Segundo Wilson, a calha Parshall serve como referência para todos os cálculos de aplicação do (larvicida biológico de combate ao borrachudo) nos arroios.

Após o trabalho de cadastro dos arroios pelo método flutuador, usando a porcentagem calculada levando em consideração a vazão da calha, basta que o técnico observe a vazão da calha no dia pretendido à aplicação para calcular, através de índices e método ensinado no treinamento, a quantidade de produto e a distância que este será aplicado. Em Carlos Barbosa são 72 arroios cadastrados, mas há outros ainda a serem visitados pela equipe da Vigilância do município.

Wilson destaca que é preciso identificar os problemas, como desmatamento das matas ciliares e as fontes poluidoras, para poder fazer um controle mais eficiente do borrachudo. “Temos que nos voltar primeiro para as ações preventivas, saber o que realmente está acontecendo nestas comunidades problemáticas e, quando for preciso fazer o uso do BTI, fazer corretamente”.
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