Evento provoca polêmica
2ª Rebelião das Máquinas em Salvador do Sul.
No dia 18 de março, domingo, ocorreu a 2ª Rebelião das Máquinas, promovida pelo Auto e Som Fest, do salvadorense Diogo Schmitz. Mais de 4 mil pessoas circularam no Parque Affonso Christóvão Wallauer, local onde ocorreu o evento.
Entre as diversas atrações, a grande sensação deste ano, segundo Schmitz, foi Super Truck, com dois caminhões e a realização de duas apresentações. “O custo do show dos caminhões é de R$ 7 mil reais, mas com certeza foi o que mais agradou o público”, explica o idealizador. Além do Super Truck, show de batidas, rachões, motos, lava car girls foram atrações da Rebelião. Parte do lucro da festa foi doado para a Associação de bombeiros Voluntários de Salvador do Sul e São Pedro da Serra, no valor de R$ 1 mil, e os alimentos não- perecíveis, doadas pelas pessoas presentes no evento, foram doados para o cras Vó Bella, de Salvador do Sul, com 307 kg. No dia da Rebelião foi sorteado um passeio de helicóptero para o nº 924, e o ganhador não veio receber o prêmio. Será aguardado até o final de semana, se o vencedor não aparecer, será realizado novo sorteio pelo facebook. Posteriormente ocorrem eventos em Carlos Barbosa, no dia 15 de abril, e em Garibaldi, no parque da Fenachamp, no dia 06 de maio.
Evento provoca grande discussão Realizado no parque Affonso Christóvão Wallauer, parque da Festur, a Rebelião das Máquinas do Vale do Cai, promovido pela “Auto&Som Fest”, de propriedade de Diogo Schmitz, teve também uma repercussão negativa. Os moradores que residem ao longo do Parque ficaram revoltados com o ruído ao longo de todo dia e, principalmente, pela destruição do patrimônio público. “O Parque Municipal Affonso Christóvão Wallauer é um dos patrimônios do município que orgulha todos os salvadorenses. Foi construído com o esforço e participação de toda a comunidade, que contribuiu com o pagamento de impostos para tal investimento”, disse uma moradora. Segundo ela, o parque não deveria ser utilizado para um lucro particular, já que o espaço é de todos. A secretária da cultura, turismo, desporto e lazer, Elisabetha Klein, a cessão de uso está garantida a quem solicitar, uma vez que seja pago um valor para as despesas de luz, por exemplo. “No entanto, as avarias devem ser ressarcidas”, diz Elisabetha. No entanto, moradores levantam que o valor cobrado é ínfimo se levar em consideração os valores cobradas durante a Festur, quando os espaços são vendidos para o setor comercial e industrial. A secretária diz que os dois eventos são totalmente diferentes, então a comparação não equivale.
Conforme a secretária, para a realização da Rebelião das Máquinas foi cobrado R$250, o que varia para mais ou menos, dependendo do evento realizado no parque.
Porém, parte dos salvadorenses dizem que a administração municipal coloca toda a infra-estrutura à disposição de terceiros, mesmo quando o evento pode provocar danos. “O local é explorado de maneira indevida e o idealizador da festa ganha muito dinheiro e para o município só resta despesas com a reforma daquilo que é destruído pelos rachões”, informam moradores. “A prefeitura, já por vários anos, não tem mais dinheiro para realizar obras e ainda permite que o patrimônio seja destruído”, complementa uma moradora. Diogo frisa que logo após o fim do evento, começaram a limpar o parque, e o trabalho foi concluído no dia seguinte. A única avaria, também confirmada pela secretaria da cultura, foi um vaso quebrado, que Diogo pretende pagar. “Não houve mais danos além desse”, disse Elisabetha.
Moradores unem-se para que evento não ocorra mais A prefeita Carla Specht foi procurada por moradores antes da festa, porém os mesmos não foram recebidos. Uma moradora informa que quando falou com o vice-prefeito Valdir Mildner, o mesmo disse que não conhecia o evento e não podia fazer nada para evitar que os prejuízos ocorressem. A secretária da cultura diz que a solução seria criar ainda este ano, uma comissão que julgaria os eventos que são ou não úteis para Salvador do Sul. “Dessa forma respeitaríamos a opinião de todos”, diz.
Propaganda política indevida Pessoas que participaram da festa informaram também ao Expressão Regional que o coordenador da festa, Diogo Schmitz, durante o evento, usou do microfone para conclamar os presentes a votar novamente na prefeita Carla Specht, pois do contrário, a edição para o próximo ano seria suspensa. Segundo Schmitz, ele não falou em votos e também não citou nomes, apenas informou que a Administração Municipal é apoiadora do evento. “Também disse que não sabia se no próximo ano iria ocorrer o evento novamente, pois não sabia se, caso fossem eleitos novos gestores, se os mesmos apoiavam a Rebelião”, contou.
aqui>