Trinta e duas famílias sem água potável
Linha Comprida convive com a falta de água, e com a chegada do verão a situação pode piorar.
Em Linha Comprida, distrito de Salvador do Sul, trinta e duas famílias ainda não recebem água potável em sua residência. Os moradores já encaminharam inúmeros pedidos ao poder público da cidade, mas até agora nenhum resultado prático. O vereador Pedro Waldemar Stein (PMDB) lembra que no ano passado foi realizada uma reunião para debater o assunto da rede de água e praticamente todas as famílias participaram, tal é a necessidade que todos sentem. Ainda há poucos dias, foi encaminhada uma proposição na Câmara de Vereadores, através de José Laerce Morales Cezar, Pedro Stein e Paulo Zílio, onde mais uma vez pedem providências da prefeitura municipal para perfurar um poço artesiano e executar a rede de água.
O casal Antônio Luiz e Renita Meurer Muller recebe água em casa de uma fonte. Antônio disse “que não sabe até quando a fonte agüenta. Além da família, ainda possui criação de gado e suínos que necessitam de água potável”. Ele também reclama que “o acesso até a sua casa não foi feito há doze anos”.
A família Luft, composta pelo casal Melita e Irineu, além dos filhos Paulo Adair, Rogério e Roseli recebe água de um poço que fica distante 1.500 metros da residência. Também possuem criação de porcos e gado. A senhora Melita disse que “várias vezes a água para de correr e aí precisam conferir se o cano estourou ou qualquer outro problema que aconteceu”.
A família Haupenthal, composta pelo casal Aloísio Cláudio e Lorena e dos filhos Margarete e Antônio também recebe água de poço. Porém, o volume da água é insuficiente e precisam ter muito cuidado para que a fonte não seque. Ano passado tiveram que buscar água do arroio em várias oportunidades. Margarete lembra “que a água potável seria bem mais saudável”.
Segundo a prefeita municipal de Salvador do Sul, Carla Maria Specht, já foi encaminhado para a Secretaria Estadual de obras Públicas um pedido de perfuração de um poço artesiano, porém, a secretaria ainda não deu nenhum retorno. O assunto também foi recentemente abordado junto aos moradores da Linha Comprida durante a reunião de prestação de contas.
Enquanto isso, as famílias convivem com a esperança de que logo isso seja resolvido e ao mesmo tempo, habituados com essa realidade. “A água até agora ainda não falhou, mas sempre é um risco”, afirma Roque Schommer. Schommer e sua esposa Maria Therezinha recebem água de uma fonte que está distante da casa 650 metros. Além deles, ainda moram na casa o filho Paulo Francisco, a nora Rosane e a neta Ana Paula, de apenas um ano. Da mesma fonte também recebe água o filho Auri e Loreta Schommer, que possuem dois filhos. “Nem todas as famílias que tem problemas de água foram visitadas. Porém, já é uma amostra da grande necessidade que estas famílias tem em garantir uma água de melhor qualidade”, afirma o vereador Stein.
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