Carnaval é em Salvador… do Sul
Salvador do Sul é marcado no carnaval pela presença de blocos e do baile da Asca.
A maior festa popular do país começa na próxima semana. O carnaval é considerado uma das festas mais animadas e representativas do mundo. Tem sua origem no entrudo português. O entrudo acontecia num período anterior a quaresma e, portanto, tinha um significado ligado à liberdade. Este sentido permanece até os dias de hoje no Carnaval.
Em Salvador do Sul, o carnaval tem melhorado a cada ano, com direito a baile e presença de blocos carnavalescos que inovam com presença de passistas, bateria e apresentações que são assistidas por milhares de pessoas da região. O baile da asca conta com escolha de fantasias infantis, duas bandas que irão tocar das 22hs às 5hs e apresentação dos blocos UTI e Bonde da Boa. A Asca realiza o baile há sete anos, e a ideia surgiu por acaso. Segundo um dos integrantes, Batista Junges, como haviam poucas opções de festas de carnaval na região, resolveram apostar no baile que seria na segunda-feira. “Com ajuda de sócios, decoramos o ambiente, contratamos uma banda mais barata, e no dia ainda choveu. Mas fizemos a festa sem maiores pretensões. Não pensávamos em lucro”, lembra Batista. Porém, o que eles não supunham é que daria certo a iniciativa e colocaria Salvador do Sul no destino de milhares de foliões. O atual presidente da Asca, Ricardo Graff, destaca que este ano o baile conta com mais recursos, como banheiros químicos, segurança ampliada e parque inflável para a criançada. “Foi resolvido numa reunião dia 08, que ao contrário do que estava sendo especulado, haverá disputa do melhor bloco este ano”, lembra Graff.
Os blocos de Salvador do Sul são uma atração a parte. Não são só salvadorenses que compõe o grupo, são baronenes, são-pedrenses, gente de todas as partes. E o surgimento dos dois maiores blocos de carnaval de Salvador do Sul, UTI e Bonde da Boa, surgiram assim como a ideia do baile da Asca, por acaso. “Tínhamos um grupo de amigos que sempre se reunia para diversos eventos, e com o crescimento do carnaval promovido pela ASCA, e a competição que existia para eleger o melhor bloco, decidimos criar o nosso”, lembra Tiago Silva, 24 anos, atual presidente do Bonde. A UTI surgiu no mesmo ano em que foi realizado o primeiro baile da Asca. Segundo Jair Montiel, 24 anos, diretor geral do bloco, um grupo de amigos se reuniu no Zana´s, antigo bar do município, e através de uma brincadeira acabaria por surgir o primeiro bloco de carnaval do município. “Sem recursos e com pouco tempo para grandes feitos, encomendamos algumas camisetas e decidimos que nós mesmos faríamos a “arte”. Com o tecido amarelo em forma de camiseta, papelão como moldes, tinta de tecido, spray e muita criatividade, confeccionamos a nossa primeira camiseta. Não imaginávamos que um pano amarelo com tinta vermelha se tornaria o elo de ligação entre Salvador do Sul e São Pedro da Serra.”, recorda Jair. O nome Bonde da Boa existe desde 2006, pois antes o bloco se chamava Bonde da Alegria. “Devido ao grande incentivo de nosso fornecedor de bebida, passou a se chamar Bonde da Boa”, ressalta Tiago. Já a UTI primeiramente significava Unidade do Trago Intensivo, porém, com o amadurecimento dos integrantes, passou a ser uma ONG, cujo nome atual é Unidade do Trabalho Intensivo, hoje com diversos projetos, como o RepercUTIndo, com o oferecimento de aulas de percussão. Essa mudança do nome do bloco da UTI reflete também no seu diferencial. “Promovemos a cultura, a integração, a solidariedade, a fraternidade e a liberdade”, avalia Jair. Segundo Montiel, aUTI passa o ano envolvidos em ações solidárias (doação de sangue, mutirões, campanhas de conscientização), promovendo eventos e com nosso projeto social: as aulas de percussão. O último evento do bloco foi na praça de Salvador do Sul, o UTI na Praça, onde disponibilizaram uma boa alternativa cultural ao público, num evento gratuito e para toda família.
O Bonde da Boa está atualmente com 80 integrantes, mas começou com onze em 2003 e chegou aos 300 no ano passado. A UTI também nasceu modesta, com trinta integrantes, porém atualmente está com 400. Os dois blocos possuem seus QG´s no centro da cidade. E nos últimos anos a população tem discutido sobre o barulho que os blocos fazem. Segundo Tiago, a solução que encontraram foi fazer a concentração do bloco no Parque Affonso Christówão Wallauer. “ O parque tem uma boa estrutura e nossa turma utiliza todos os anos. Além disso precisamos cumprir com as determinações da brigada militar, quanto aos horários e volume de som”, avalia.
O diretor-geral da UTI já pede bom senso da população. “Sabemos que muitas vezes, no calor do momento, o som fica um pouco alto. Contudo, a comunidade tem que entender que é uma vez por ano. Além disso, oportunizamos que as pessoas fiquem aqui, que movimentem a nossa economia. Inclusive, trazemos pessoas de fora para nossos município. De certa forma, compensamos todo o barulho que fazemos nos cinco dias de carnaval com atitudes positivas durante o ano”, avalia Jair. Se f
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