Crise no governo de Yeda
Editorial.
Ao que parece, a governadora Yeda Crusius terá que conviver até o final de seu mandato, com a onda de escândalos que a cada semana são manchetes na grande imprensa. Na semana passada, a revista Veja publicou matéria na qual a cena volta às eleições, com supostas doações à campanha, algumas delas não declaradas na prestação de contas. Como sempre, há desmentidos. O ex-marido de Yeda, Carlos Crusius, que teria recebido os recursos, nega categoricamente. De que lado estará a verdade? É o que os deputados de oposição pretendem apurar através de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito). Porém, até o fechamento desta edição, ainda o documento que requer a apuração dos fatos, não havia conseguido o número mínimo de deputados para iniciar o levantamento. Existe forte pressão de ambos os lados. Até a noite de segunda-feira, os deputados do PDT ainda não haviam decidido se assinariam ou não o documento. Desde a saída do deputado federal Ênio Bacci da secretaria da Segurança Pública, o partido mantêm uma posição de neutralidade do governo.
O ingrediente que poderá acarretar a instalação da CPI é a proximidade das eleições, marcadas para o próximo ano. Diante da evidência de doações irregularidades para a campanha eleitoral, muitos deputados querem se posicionar a favor da opinião pública e por isso irão assinar o documento. De outro lado, se não houve irregularidades, por que temer a apuração? Esta onda de denúncias ultrapassa o cenário do solo gaúcho. Os presidenciáveis José Serra e Aécio Neves também devem estar “com a pulga atrás da orelha”. Afinal, Yeda é do mesmo partido e qualquer irregularidade que for confirmada, poderá atrapalhar os seus planos com vistas à eleição para a presidência da república. Veremos no que vai dar.
Uma boa semana para todos!
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